Brusone (Pyricularia oryzae)
Sintomas
A doença ocorre desde o estágio de plântula até a fase de maturação da cultura. Os sintomas nas folhas iniciam com a formação de pequenas lesões necróticas de coloração marrom, que evoluem, aumentando em tamanho, tornando-se elípticas, de margens marrons e com centro cinza ou esbranquiçado. Em condições favoráveis, as lesões coalescem, causando a morte das folhas e, muitas vezes, da planta inteira. Os sintomas nos nós e entrenós geralmente aparecem na fase de maturação. A infecção no primeiro nó, abaixo da panícula, é referida como brusone no pescoço. Diversas partes da panícula, como ráquis, as ramificações primárias e secundárias e os pedicelos também são infectados. Quando a infecção ocorre antes da fase leitosa do grão, a panícula inteira pode morrer, apresentando uma coloração amarelo-palha. A infecção mais tardia das panículas causa perdas somente nas partes infectadas. A doença é transmitida por sementes infectadas, consideradas como fonte de inóculo primária, mas essas sementes não provocam epidemias em plantios bem conduzidos. Outras fontes de inóculo são os restos culturais e os esporos transportados pelos ventos, de uma lavoura a outra, vizinhas ou distantes, plantadas mais cedo.
Controle
Os danos causados pela brusone podem ser reduzidos pelo uso de cultivares resistentes, pelas práticas culturais e pelo uso de fungicidas, utilizados de forma integrada no manejo da cultura, quais sejam: bom preparo do solo; adubação equilibrada; uso de sementes de boa qualidade sanitária e fisiológica; plantios com profundidades uniformes, evitando, assim, focos de infecção; e plantio coincidindo com o início do período das chuvas. A proteção contra a brusone na panícula é feita por meio de pulverizações com fungicidas sistêmicos, sendo feita uma aplicação no final do período de emborrachamento, e a segunda, na emissão de panículas, com 1% a 5% de emissão.
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