Mela do Feijoeiro Comum (Thanatephorus cucumeris)
A mela ou murcha de teia micélica (Thanatephorus cucumeris (Frank) Donk) é a doença mais importante do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.), em regiões de clima quente e úmido. No Brasil, atinge especialmente plantios durante a estação chuvosa nas Regiões Centro- Oeste e Norte, além de microrregiões úmidas do Nordeste. A infecção inicia-se nas folhas, como manchas encharcadas, de forma circular ou irregular. Quando o ataque é severo, causa o desfolhamento total das plantas, deixando apenas os ramos, com grande número de escleródios aderidos aos tecidos.
Controle
O controle químico é uma das medidas mais empregadas para o controle da mela. Tal medida tem por principais objetivos proteger as plantas do ataque do patógeno e proporcionar redução na taxa de infecção. A maioria dos trabalhos desenvolvidos no Brasil com fungicidas para o controle da mela foram conduzidos nas décadas de 70 e 80, envolvendo fungicidas como benomil, oxycarboxin, mancozeb, oxicloreto de cobre, captan, captafol, maneb + zinco, chlorothalonil, óxido cuproso, tiabendazol e pentacloronitrobenzeno (PRABHU et al., 1975; CARDOSO, 1980; CARDOSO; OLIVEIRA, 1982). Ainda que esses autores tenham definido recomendações quanto a dosagens, épocas de aplicação, e verificado a eficiência parcial de alguns produtos (o que nem sempre ocorria), os ingredientes ativos avaliados foram gradualmente substituídos por moléculas mais modernas, mais eficientes, menos tóxicas e com maior espectro de ação. Posteriormente, Rios et al. (1995) relataram que os fungicidas benomil (retirado do mercado) e carbendazin apresentaram os melhores resultados no controle da doença, quando comparados a clorotalonil + tiofanato metílico, tiofanato metílico e vinclozolin, refletindo, inclusive, na melhor qualidade das sementes obtidas em tratamentos com menor severidade da mela. Ainda na década de 90, foram disponibilizados novos fungicidas, em especial estrobilurinas e triazóis, mas nenhum desses com recomendação para o controle da mela (ZUPPI et al., 2005). Mesmo assim, alguns trabalhos usando azoxystrobin mostraram resultados satisfatórios para o controle da doença (GODINHO et al., 1999; COSTA, 2000).
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